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CAPS CHEGA PARA COMPLETAR REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL EM POÇO FUNDO

A Rede de Atenção Psicossocial em Poço Fundo agora está completa. A Secretaria de Saúde está implantando no município o CAPS I (Centro de Apoio Psicossocial) Nossa Senhora da Saúde, um serviço que servirá como substitutivo da necessidade de rede hospitalar e cuja sede está quase pronta para início dos trabalhos. A novidade chega para se juntar às ESF´s (Equipes de Saúde da Familia), o NASF (Núcleo de Saúde da Família) o CRAS (Centro de Referência em Assistência Social) e o ambulatório de Psiquiatria, num trabalho conjunto que ainda contará com o apoio de outros setores da sociedade.

A apresentação da equipe inicial do Centro e o convite à participação de toda a comunidade nesta nova empreitada foram feitos nesta quarta-feira (24), no Centro de Pastoral Monsenhor Afonsinho. O médico Guilherme de Oliveira Lima, a enfermeira Edicelma Ramos, o assistente social Eduardo Luizari e a estagiária de Psicologia Graziele Alves passaram informações sobre como era o tratamento de portadores de transtornos mentais há tempos atrás, as novas formas de abordagem e quais serão as formas de acompanhamento desta nova referência para a Saúde Mental dos poço-fundenses. Antes de suas falas, o prefeito Renato Oliveira, o vice-prefeito Nilson e o Secretário de Saúde Rosiel de Lima fizeram breves discursos, comemorando esta nova conquista e desejando sucesso à nova equipe.

Ao final da reunião, os presentes formalizaram a RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), com compromissos oficializados com todas as instituições presentes, como o Hospital de Gimirim, o Centro de Recuperação Gileade, as secretarias do município, a Câmara Municipal e outros.

 

O que é?

 

O CAPS é um serviço de saúde aberto e comunitário do SUS, local de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais, psicoses, neuroses graves e persistentes e demais quadros que justifiquem sua permanência num dispositivo de atenção diária. Aqui entram os casos de depressão, esquizofrenia, ansiedade, dependência química de qualquer tipo de drogas e que impeçam a pessoa de crescer, se desenvolver, de seguir normalmente com sua vida. Também busca a reinserção social através de vários recursos, como o lazer, fortalecimento de laços familiares ou com a comunidade, convívio social e, acima de tudo, respeito.

Tudo isso será desenvolvido pelo CAPS Nossa Senhora da Saúde, que atenderá, quando tudo estiver pronto (em breve), de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, nas áreas de atenção psicológica, atendimento psiquiátrico, atendimento social, cuidados gerais de enfermagem, atividades lúdicas e recreativas, trabalhos artísticos e artesanato, dentre outros.

Além do acolhimento, os profissionais e integrantes da rede oferecerão projetos terapêuticos individuais, atividade de terapia em grupo, visitas domiciliares, ações junto as famílias e a socidade, atividades externas (incluindo passeios e outros eventos) e oficinas.

Em Poço Fundo, o Centro é do tipo CAPS I (há várias formas), direcionado a cidade com menos de 20 mil habitantes e que conta com uma equipe mínima para atuação, como um médico com formação em psiquiatria, um profissional de enfermagem, psicólogo, profissionais de nível superior em outras áreas (assistência social, por exemplo) e profissionais de nível médio (como técnicos educacionais e administrativos). 

Em breve, será anunciado o início dos trabalhos na página oficial da Prefeitura no facebook e em outros meios de comunicação, como a rádio local.

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POR UMA SOCIEDADE SEM MANICÔMIOS

Neste 18 de maio (sábado), profissionais, voluntários e pacientes comemoram o Dia da Luta Antimanicomial. E o CAPS I Nossa Senhora da Saúde fez questão de deixar a data muito bem fixada em Poço Fundo, com atividades marcantes nesta quinta-feira (16) e sexta-feira (17).

Na quinta, pacientes e servidores da instituição, juntamente com profissionais ligados ao CRAS e às Secretarias de Ação Social e da Saúde, participaram de uma passeata por pontos importantes da cidade, partindo do Centro Cultural Paulo Henrique de Oliveira, a Concha Acústica. Com cartazes e mensagens, eles buscaram mostrar ao povo gimirinense os seus avanços e como é possível viver dignamente, livremente, enquanto travam suas batalhas contra os problemas que enfrentam.

Na sexta-feira, um Simpósio, realizado no Centro de Pastoral, tratou de temas relevantes nesta área. O médico Guilherme Oliveira Lima, psiquiatra do CAPS, falou sobre a História da Loucura, com várias teorias e estudos sobre este assunto. Já Mõnica Biazin, psicopedagoga, palestrou sobre a importância das oficinas terapêuticas no tratamento e desenvolvimento dos usuários do CAPS. Também foram realizadas dinâmicas de grupo, e atividades que mostram os prós e contras da internação de pacientes em hospitais psiquiátricos, enfatizando a importância da participação da família no processo de tratamento.

Participaram das atividades, além dos grupos ligados à área, o prefeito Renato Oliveira e os secretários Rosiel de Lima (saúde) e Jander de Souza (Ação Social), totalmente inseridos nas atividades.

Movimento Antimanicomial

O Movimento da Luta Antimanicomial se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas com sofrimento mental. Dentro desta luta está o combate à idéia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, idéia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental. O Movimento da Luta antimanicomial faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.

O Movimento da Reforma Psiquiátrica se iniciou no final da década de 70, em pleno processo de redemocratização do país, e em 1987 teve dois marcos importantes para a escolha do dia que simboliza essa luta, com o Encontro dos Trabalhadores da Saúde Mental, em Bauru/SP, e a I Conferência Nacional de Saúde Mental, em Brasília.

Com o lema “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais, associações de usuários e familiares, instituições acadêmicas, representações políticas e outros segmentos da sociedade questionam o modelo clássico de assistência centrado em internações em hospitais psiquiátricos, denunciam as graves violações aos direitos das pessoas com transtornos mentais e propõe a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.

Assim como o processo do Movimento da Reforma Sanitária, que resultou na garantia constitucional da saúde como direito de todos e dever do estado através da criação do Sistema Único de Saúde, o Movimento da Reforma Psiquiátrica resultou na aprovação da Lei 10.216/2001, nomeada “Lei Paulo Delgado”, que trata da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo de assistência. Este marco legal estabelece a responsabilidade do Estado no desenvolvimento da política de saúde mental no Brasil, através do fechamento de hospitais psiquiátricos, abertura de novos serviços comunitários e participação social no acompanhamento de sua implementação. (fonte: Blog da Saúde/Ministério da Saúde).

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